A marcha equina, caracterizada pelo hábito de andar na ponta dos pés, pode ser um sinal de alerta para o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Recentemente, a mãe de Pedro, um garoto de 11 anos com TEA, compartilhou sua experiência no TikTok, destacando a importância da aceitação e do tratamento adequado.
Marcha Equina e TEA:
Pedro, ao aprender a andar, não engatinhou e começou a caminhar na ponta dos pés.
Embora essa característica não seja suficiente para fechar o diagnóstico de TEA, um estudo comprovou que 82% das crianças com autismo analisadas apresentavam dificuldade em manter os pés no chão e preferiam andar na ponta dos pés.
A marcha na ponta dos pés pode estar relacionada ao autismo por razões multifatoriais, como alterações de processamento sensorial, desenvolvimento neuropsicomotor ou padrões comportamentais adquiridos.
Especialistas denominam a condição de "marcha equina", onde o peso do corpo é sustentado na parte anterior do pé, sem tocar o calcanhar no chão. Esta marcha pode estar associada a várias condições neurológicas, incluindo o autismo. Outras causas incluem paralisia cerebral, doenças neuromusculares como distrofias musculares, encurtamento do tendão de Aquiles, e o "Sandal Gap".
Pedro está usando uma órtese sob medida para seu pé e passando por uma equipe multidisciplinar no tratamento.
O processo é doloroso, requer disciplina e comprometimento, especialmente considerando as particularidades das crianças com TEA, como hipersensibilidade, rigidez cognitiva e quebra de rotina.
Andar na ponta dos pés pode resultar em problemas de desenvolvimento e dores crônicas a longo prazo, afetando articulações, músculos e ossos, além de criar dificuldades sociais por se tratar de uma marcha fora do comum.
Tratamentos Recomendados
Especialistas recomendam que, após os dois anos, as crianças não devem mais andar na ponta dos pés. Pais devem buscar ajuda profissional para tratamento, que pode incluir fisioterapia, psicologia, terapia ocupacional, uso de órteses ou gesso, aplicação de toxina botulínica e, em casos graves, cirurgia para alongamento do tendão de Aquiles.
Informação e Conscientização:
A conscientização sobre o TEA ainda é escassa, e muitos pais desconhecem os sinais.
É fundamental buscar informações e orientação médica quando diante de situações desconhecidas.
Lembre-se de que cada criança é única, e o diagnóstico e tratamento devem ser individualizados. Consulte sempre um profissional de saúde para orientações específicas. 🌟.
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